domingo, 26 de dezembro de 2010

Paz a palavra mais falada no Natal!!


Este é um momento de se falar de paz. Estava olhando  a programação na TV, são os  anúncios, são as notícias, são  os slogans, numa boa parte deles se fala em paz. Natal, este é o momento por excelência para se falar de paz.
O interessante em todos eles são os fatos motivadores de paz, boa vontade entre os homens, respeito pelas pessoas, progresso, educação, políticas públicas, ação polícial, vontade política. Em todos eles a perspectiva de que o homem faça alguma coisa em função do homem, e isto traga paz. O homem, para sí mesmo, é o grande promotor da paz.
Que bom seria se em todas as épocas do ano as pessoas tivessem esta mesma disposição. Ou será que estamos para celebrar o dia mundial da hipocrisia, no qual o ser humano se prepara para fingir uma coisa que não é e nunca foi, alguém disposto à paz.
Pessoas que nesta época fazem doações, visitam amigos, dão presentes, em outras épocas, pelos mais variados motivos, elevam a voz, brigam, exprimem seu descontentamento pelos motivos mais tolos. Pessoas que nesta época são tão amigas, defensoras da boa vontade, figuras humanas,” como diria Faustão, grandes e adoráveis, em outros enganam, mentem,  declaram  febrilmente sua inimizades por causa da oposição aos seus desejos egoístas.
O fato é que talvez neste momento do ano, seja o momento em que melhor fingimos algo que jamais fomos: amantes da paz. É o momento do ano em que melhor camuflamos aquilo que somos por excelência, pecadores. Achamos que por nossas boas ações, nossa boa vontade, o pensamento socialmente correto nesta época do ano, nos dá uma dose extra de direito de sermos no restante do ano aquilo que somos e nunca deixaremos de ser, homens.
Quando a Palavra de Deus trata a respeito deste sêr, homem, ela assim o diz: . . .
 já mostrei que todos, judeus e não judeus, estão debaixo do poder do pecado. Como dizem as Escrituras Sagradas: não há uma pessoa que faça o que é certo; não há ninguem que tenha juízo; não há ninguem que adore a Deus. Todos se desviaram do caminho certo, todos se perderam. Não há mais ninguém que faça o bem, não há ninguém mesmo. Todos mentem e enganam sem parar. Da lingua deles saem mentiras perversas, e dos seus lábios saem palavras de morte, como se fosse veneno de cobra. A boca deles está cheia de terríveis maldições. Eles se apressam para matar. Por onde passam, deixam destruição e a desgraça. Não conhecem o caminho da paz e não aprendem a “temer a Deus.” (Romanos 3:9-20; Bíblia Sagrada – Tradução linguagem de hoje SBB)
Em outro trecho a Palavra de Deus afirma mais sobre o homem:
. . ., estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos;e éramos por natureza, filhos da ira, como também os demais.( Efésios 2:2-3 - Bíblia Sagrada)
Estes trechos mostram um resumo do que é o homem, e mesmo nesta condição temos a presunção de nos acharmos capazes de promover paz.
O meu questionamento sobre a capacidade do homem de promover paz, sobre a capacidade do homem de falar “desinteressadamente” sobre boa vontade, de fazer ações e achar que elas trarão em sí mesmas paz para uma comunidade, advém do fato de que mesmo neste momento de Natal, no qual teóricamente o assunto do íntimo do coração deveria ser paz, o verdadeiro “Promotor da Paz” é esquecido.
Tanto mais se passam os anos, e Aquele que é a razão da celebração é cada vez mais esquecido. Ao observarmos o preparativo da sociedade para o natal, a impressão que se tem é que propositadamente esquecemos do aniversariante ao qual deveríamos celebrar. Fala-se dos negócios, dos presentes, das compras e vendas, da comida, das viagens, do encontro familiar, e é só!! A razão da festa somos nós mesmos, homens. A razão da festa é a boa vontade entre os homens, é a festa em sí. É o momento de trégua, para restaurarmos as forças para brigarmos mais ainda pelos nossos interêsses durante o ano que vem. 
A razão de questionar toda este desejo de paz e boa vontade é uma só, como falar em paz com os outros, se não existe paz interior. Como falar em capacidade de promover a paz entre pessoas, se no íntimo o homem está em guerra, em rebeldia com Aquele que o criou. Como falar em paz se há em cada ato uma atitude de rebeldia contra Aquele que é o “príncipe da paz.,” Jesus Cristo. (Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz; Isaías 9:6; Bíblia Sagrada).
Nas Escrituras Sagradas não faltam texto nos quais falam no Senhor Jesus como aquele que traz paz: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração , nem se atemorize. João 14:27;Bíblia Sagrada; Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu vencí o mundo. João 16:33.Bíblia Sagrada.
Como ver no Natal um real momento que inspira paz, se aquele que nasceu para trazer paz ao homem, o motivo da paz,  é esquecido?  É impossível falar do nascimento de Jesus, liga-lo à paz, sem falar de Sua morte e ressurreição, o processo que nos trouxe a paz. Realmente nós não estamos na Semana Santa, mas não dá para citarmos Jesus Cristo sem falar da razão pela qual Ele veio ao mundo, pela qual ele nasceu, viveu e morreu: Trazer paz ao homem, trazer paz na relação entre Deus e o homem, trazer relação íntima entre Deus e o homem, trazer salvação.
Citamos algumas descrições que a Bíblia faz da situação do homem. Todos nós estamos debaixo desta situação. Talvez  você ao ler a descrição sobre o homem possa pensar: “Eu não sou tão ruim assim” ou ainda “de jeito algum eu estou enquadrado nesta descrição, esta pessoa não tem o meu perfil.” Não importa o que você pensa a teu respeito, a questão aqui é o juízo que Deus faz a teu respeito. Segundo a opinião divina, que é a que conta, todos os homens naturalmente, estão sob esta condição. Nenhum de nós, nascido de mulher, escapa desta condição única e exclusiva que nos qualifica: PECADORES. Todos!! Você querendo ou não” está nesta classificação. Aí repousa a nossa desgraça, e nossa total incapacidade de produzir paz. Somo rebeldes, desobedientes, estamos afastados do Criador, somos inimígos de Deus.
Na situação na qual eu, homem, me encontro  diante de Deus, não adianta a minha muita bondade, minha boa vontade, minha boa educação, eu nunca vou saber se a balança de boas obras pesa a meu favor ou contra mim, eu nunca vou ter certeza se eu tenho débito ou crédito. Nem o mais perfeito dos beneméritos pode ter esta certeza.
Neste ponto da conversa entra Jesus. Foi por isto que Ele veio. A história é muito simples, e vou descrever com poucas palavras: Quando Cristo morreu na cruz, Ele pagou a minha e a tua conta. Eu tenho pecados, tenho uma tremenda dívida com Deus; você tem uma tremenda conta com Deus, e podes crêr não dá para você pagar, banco nenhum vai te fazer este empréstimo. Pois é, volto ao assunto, ele pagou a minha e a tua conta, pagou a minha e a tua dívida, pagou por todos os pecados. “Caso você creia ou não, Jesus pagou pelos teus pecados.
Paulo escreve sobre este feito de Jesus em Romanos 5:1 “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; Se você procurar pela tua conta no  “Cartório de Protesto Celestial,” você não vai encontrá-la, ela já foi paga. A balança não pesa contra você, pois a morte de Cristo em teu lugar é o contra peso que te dá paz com Deus.
Paulo fala mais sobre a paz entre Deus e homem em Efésios 2:13 a 18 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e, sendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade;. . . E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.”(Bíblia Sagrada) Quando o trecho fala que “ele evangelizou a paz,” diz que Jesus trouxe a “boa nova” de paz; nos deixa claro que esta não é a condição natural” do homem, veio ao homem através única e exclusivamente através de Jesus Cristo.
Volto a repetir uma expressão usada anteriormente, “caso você creia ou não” esta realidade de paz com Deus só será realidade na tua vida se você confiar em Cristo como Salvador. Não creia nesta que Deus é amoroso e não vai condenar ninguém, que todo mundo é filho de Deus, blá, blá, blá!!!; em João 1:11 e 12 a Bíblia diz o seguinte, Veio para o que era seu, e o seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome;” e o apóstolo Paulo fala mais em Efésios 2:8-10, Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esfôrços de vocês, portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la.”(Biblia Sagrada) “Para bom entendedor meia palavra basta,” diz o ditado. Eu creio que nestes textos da Bíblia, não existe meia palavra, mas palavras inteiras dizendo que salvação, e a decorrente paz que ela traz, não é um fato  naturalmente presente na vida de todos indistintamente, mas é um fato exclusivo daqueles que recebem Jesus Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas, daqueles que declaram verbalmente diante de Deus sua confiança única em Jesus Cristo para lhes outorgar perdão. Não é um fato decorrente da bondade individual nata da pessoa, nem da sua muita capacidade de ter fé, mas da graça de Deus manifesta em sua vida. Tua única opção para desfrutar disto, crêr e confiar em Jesus como Salvador, aquele que derramou Seu sangue pelos teus pecados, e declarar isto verbalmente a Ele.
Meu desejo sincero é que neste Natal Jesus Cristo derrame em teu coração a verdadeira paz. Confie nele!
Encerro este texto lembrando palavras de uma música de João Alexandre:

Você pode ter a casa repleta de amigos,
Paredes e pisos cobertos de bens,
Ter um carro do último tipo,
E andar conforme der na cabeça

Ou poder até ser o cara que vive apertado,
Até mesmo dentro de um lotação,
Curtindo assim mesmo o fim de semana,
Ao andar conforme der na cabeça.

Mas sempre será como folha no vento,
Esperando o momento de cair.
Você pode ter tudo aquilo que sonhar,
Mas nunca terá a paz que existe lá dentro,
Que não se encontra para poder comprar,
Porque esta paz só tem a pessoa
Que se encontra com Cristo. .

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